ABSTRACT
Objective The objective was to evaluate the perceived quality of life of adult and older adult patients with different clinical forms of Chagas disease. Methods This descriptive and cross-sectional research was conducted between 2005 and 2008. Data were collected from 202 patients. The World Health Organization Quality of Life-BREF was used to assess the quality of life domains. Statistical analyses included descriptive analysis, and univariate and multivariate logistic regression analyses. Results Of the 202 interviewed patients, 53.96% were female; 68.81% were aged £60 years, 66.83% presented the cardiac form, 11.39% presented the digestive form, and 21.78% had the indeterminate form. Patients with the cardiac and digestive forms were more likely to report lower quality of life in the physical, psychological, and social relationships domains than those with the indeterminate form. In the environment domain, women and those with more comorbidities had lower scores. Conclusion The social relationships domain received the highest scores, followed by the psychological and physical domains. The environment domain received the lowest scores. Comparing the scores of the World Health Organization Quality of Life-BREF domains by age group (adults and older adults) in relation to the clinical form, gender, and number of comorbidities, quality of life did not differ significantly in any of the study subgroups.
Objetivo Avaliar a percepção da qualidade de vida em pacientes adultos e idosos nas diferentes formas clínicas da doença de Chagas. Métodos Trata-se de estudo descritivo e transversal realizado entre 2005 e 2008. A amostra por conveniência foi composta de 202 pacientes. Utilizou-se o World Health Organization Quality of Life-BREF para avaliar os domínios da qualidade de vida. A análise estatística foi realizada por meio de análises descritiva e de regressão logística univariada e multivariada. Resultados Do total da amostra, 53,96% eram mulheres; 68,81% tinham idade 60 anos, 68,83% apresentavam a forma cardíaca; 11,39% a digestiva; e 21,78% a indeterminada. Portadores das formas cardíaca e digestiva evidenciaram maior chance de relatar baixa qualidade de vida nos domínios físico, psicológico e das relações sociais quando comparados aos pacientes com a forma indeterminada. No domínio do meio ambiente, as mulheres e os que tinham maior número de comorbidades apresentaram pontuação mais baixa. Conclusão O domínio das relações sociais foi o melhor avaliado, seguido pelos domínios psicológico e físico. Já o do meio ambiente foi o pior avaliado. Comparando os escores dos domínios do World Health Organization Quality of Life-BREF com a faixa etária (adultos e idosos) em relação à forma clínica, ao gênero e ao número de comorbidades, nenhuma diferença significativa foi encontrada em qualquer um dos subgrupos estudados.